quarta-feira, outubro 29, 2003

tão vendo?

Acho que vou participar sim do blog sobre coletivos, porque só pode existir um complô contra a minha pessoa e eu preciso de um local para me manifestar.

Sempre que eu pego um ônibus lotado, e quando eu digo lotado eu me refiro a ter que lutar pelo seu próprio oxigênio, fico tentando adivinhar qual passageiro esta com cara de quem vai se levantar logo me fornecendo o lugar.

Eu sou uma velha muito cansada que tem dor nas pernas e na coluna e que precisa se sentar com urgência.

É impressionante porque as pessoas nunca se levantam quando eu estou parada ao lado de seus bancos. Elas nunca se levantam! Na maioria das vezes pessoas que acabaram de entrar no ônibus e simplesmente param ao lado dos bancos se sentam mais rápido do que eu, basta que elas parem ao lado de um banco qualquer que imediatamente a pessoa sentada se levanta.

E eu que fico pelejando tentando encontrar indícios de que um passageiro vai se levantar, prestando atenção se estão guardando os walkmans, se estão se ajeitando nos bancos, se olham muito ao redor, e eles NUNCA se levantam. Eles passam a viagem inteirinha sentados e isso me dá muita raiva.

E quando são homens sentados eu passo a fazer aquela cara de: Sou uma dama, me cede o lugar? Esse então nunca funcionou. E eu só posso constatar a vaca fria: O cavalheirismo esta há muito morto.

segunda-feira, outubro 27, 2003

De "quem é você, benzinho?" à " I love you till the day I die".
Essa vida é esquisita mesmo.

Os maiores homens da minha vida:

1-Rimbaud: O Jean-Nicholas me tira do sério desde 1993, quando eu ganhei a 4a. Edição do "Uma temporada no inferno & Iluminações". Agora, vários livros depois e outros milhares de textos espalhados pela internet lidos (inclusive em francês - no auge da minha febre), eu continuo apaixonada pelo filho de Pan que me arranca da pele e me faz ver cores enquanto escrevo. É certo que vou me sentir esmagada todas as vezes em que meus dedos correrem as páginas de qualquer coisa que ele tenha escrito. Rimbaud é puro dinamite. "Eis aí uma criatura para que mil vidas seriam insuficientes para esquadrinhar as maravilhas da terra, um sujeito que rompeu com os amigos e parentes, ainda tão jovem, para explorar a vida em toda a sua plenitude; e, no entanto os anos passam com ele abandonado nessa toca infernal".

2-Freddie Mercury. Quando eu tinha uns 11 anos ouvi sua primeira canção e não parei nunca mais. Fui uma total aficionada pelo Queen lá pelos meados dos anos 90. Fui tão doente que até ouvir cds piratas do Brian May Live in Japan eu ouvi. Quando eu tinha 12 anos, tinha certeza absoluta de que era o Freddie Mercury e ninguém conseguia me convencer do contrário. Eu ouvia Queen 24 horas por dia, non-stop. Até a minha avó já sabia cantar. Tinha vários pôsteres espalhados pela parede, sabia o filme, o drink preferido e o dia do aniversário de todos os integrantes e conseguia reproduzir sem erros o discurso da Elizabeth Taylor na fita do Tributo. Don’t worry I’m not going to sing.

3-Liam e Noel. Eu nunca fui uma adolescente MUITO grunge ou MUITO punk. Não tenho nenhuma camisa de flanela que tenha realmente comprado, não tenho spikes realmente comprados e tive o meu primeiro coturno já burra velha. Quando bem nova, as minhas bandas eram o Queen, os Rolling Stones, o Cure (que eu considerava bem chato na época - eu era uma pequena herege), o Doors e os Smiths, graças a um namorado da minha irmã que me emprestava umas fitas. Depois, quando já estava mais ou menos crescida, cai de cabeça na explosão brit-pop. Fiquei fã no ato de bandas como o Blur, o Verve, Suede e Elastica. Mas nunca como aconteceu com o Oasis. O descomedimento era tamanho que, ao invés de fotos dos namorados, dos amigos ou dos pais nos porta retratos, tínhamos (eu e mais uma amiga) fotos do Liam e do Noel. Era tão absurdo a ponto de gastar muitos reais para conseguir o single de "Whatever" importado. Ah sim, é claro, tinha até a cartinha mantida até hoje com o mapa do camarim do na época Metropolitan com todos os detalhes resguardados. Vou postar ela um dia, podem deixar.

4-Drácula. Teve outra fase na minha vida em que fui obcecada por vampiros. Calma, eu nunca fui uma rpgista chata pra caralho. Eu simplesmente gostava de vampiros. Enviei milhões de cartas para a Anne Rice (nenhuma obteve resposta), li todos os livros indicados, criei um e-mail referente a minha personagem preferida, vi todos os filmes (dos antigos aos recentes) e adorava o Bela Lugosi. Além disso, perturbava todo o meu ciclo de amizade contando página por página de toda a saga vampiresca. Uma das minhas fases mais malas.

5-Todd Haynes. Não, Todd Haynes não é o meu diretor de cinema preferido, Todd Haynes foi o cara que me fez explorar todo um mundo no ano de 2000. Eu assisti "Velvet Goldmine" e então big bang babe, nunca nada tinha feito tanto sentido para mim. Sim, eu sei que esse filme não é nem um pouco intelectual ou profundo e muita gente o vê como um filme basicamente gay (e quem o faz deveria ser empalado em praça pública). Mas vocês já prestaram atenção naquela trilha sonora? Eu simplesmente acho perfeita, ela me acompanha para todo os lugares e nunca abandona a minha case. Quem diria que o chato do Thom Yorke seria capaz de algo assim? De qualquer forma, se você seguir as pistas, algumas bem óbvias, outras nem tanto, vai acabar cara a cara com os meus caras preferidos de todos os tempos : Lou, Iggy e Bowie, claro e principalmente o Bowie, que na época, para mim, era simplesmente o cara que cantava "Ziggy Stardust", "Let’s dance", "Under pressure", já tinha sido um vampiro no filme "Fome de Viver" e foi o meu ídolo da infância, o Goblin King em "Labirinto". Fora que você vai ter oportunidade de tocar em Dorin Gray e Oscar Wilde.

E por ultimo mas não menos importante:

6- Oscar Wilde. O tio Oscar sempre me ensinou tudo, e teve uma época que eu basicamente não tinha palavras minhas, só as dele. Nunca o considerei um escritor perfeito, mas sempre o tive como um homem sem tempo, absurdamente contemporâneo e infinito. Oscar Wilde era especial, eu acho. E eu o invejo muito. "A man is least himself when he talks in his own person, give him a blog (ops) Mask and he’ll tell you the thruth".

domingo, outubro 26, 2003

Eu sei que vou morrer num verão. Sou um bebê de verão a vou ser um defunto do verão também. Calor. Calor. Calor. Porque diabos faz tanto calor nessa terra? Já comecei a ficar toda embolotada e cheia de brotoejas, não estou preparada para viver nessa terra tupiniquim quente pra diacho. Que tal uma brisa suave e um tempinho ameno? Hein? Hein?

quinta-feira, outubro 23, 2003

Vocês sabem o Beck? O magrelo branquelo que fez de “Loser” um hino para todos os losers? Ah vocês lembram de Loser. Eu me lembro de Loser porque eu estava na escola e era uma loser e essa música tocava no meu fundo enquanto eu me arrastava pelos corredores. Me lembro também que talvez eu tenha sido a única pessoa que gostou do show do Beck em 2001.

Acontece que ele fez um disquinho muito legal, e o nome é Sea Change. O disco é cheio de baladinhas de violão e letras bem deprimidas, disco que tem Lost Cause e Guess I'm Doin' Fine . Eu acho muito bom para ouvir numa quinta feira à noite enquanto se faz as unhas dos pés ou enquanto fica-se nervosa lendo o romance policial que eu estou lendo.

Romance policial que começou meio trôpego e agora tá me deixado confusa. "Adeus, minha adorada" de Raymond Chandler promete ser um bom livro. E eu gosto tanto do Philip Marlowe que chego a suspirar.






Momento Pollyana do dia:
Hoje foi um puta dia bonito.



Sou uma mulher feliz. Feliz porque o meu chuveiro esta funcionando e eu pela primeira vez tomei um banho extra quente no MEU banheiro. Se isso me faz feliz? Sim, muito. Para quem já tomou banho na minha casa sabe que qualquer 15 minutos ultrapassados no chuveiro faz com que o relógio da luz desarme e que a casa inteirinha fique sem luz. E todo mundo sabe que eu tomo banhos longuíssimos (principalmente quando estou acompanhada), então, era praticamente impossível tomar um banho sem que o relógio da luz desarmasse. E é por isso que fiquei tão satisfeita. Finalmente não vou ter que sair correndo toda ensaboada, enrolada na minha toalha cor de rosa com os cabelos duros de shampoo distribuindo fantasias aos meus vizinhos abelhudos e suburbanos enquanto ele congela no chuveiro.




Eu adorei o desenho. Tomei pequenas liberdades em trocar a minha roupa já que dentro do meu estilo esquizofrênico de se vestir escolheram logo o meu pior dia...
Eu sou mais alta que o baixista também. A tatiana esta igualzinha. Susie Q é ótima.

terça-feira, outubro 21, 2003

we're sick of being jerked around
we all fall down (it's been a)

...bad day (please don't take a picture)
it's been a bad day (please)
it's been a bad day (please don't take a picture)
it's been a bad day (please)

Quando você volta para o buraco onde nasceu, porque eu acho injustiça chamá-lo de casa, chutando pedras e ouvindo Half The World Away no rádio e tudo é capaz de ficar cinza e nublado e sem nenhum vestígio de sol e mesmo assim o dia continua quente.

Quando você volta da onde não deveria ter ido se perguntando porque levantou da cama naquela manhã, vestiu os mesmos sapatos, usou as mesmas roupas e viu as mesmas pessoas e tudo se torna apático e indiferente.

Quando você se sente agonizando no mesmo antro de sempre e sabe que ainda tem um ano e mais um outro para ser definitivamente livre e você sente, tentendo a tomar como verdadeiro, a sensação de que não vai ter forças para ir até o fim.

O que fazer quando isso acontece?

Na minha opinião eu acho que o truque é continuar respirando e se segurar naquele que importa. E sem querer fazer uma dobradinha Oasis, esperar que façamos parte de um Masterplan qualquer.


I would like to leave this city
This old town don’t smell too pretty and
I can feel the warning signs running around my mind
And when I leave this island I’ll book myself into a soul asylum
Cos I can feel the warning signs running around my mind

So here I go, I’m still scratching around the same old hole
My body feels young but my mind is very old
So what do you say?
You can give me the dreams that are mine anyway
You’re half the world away
Half the world away
Half the world away
I’ve been lost, I’ve been found but I don’t feel down.

segunda-feira, outubro 20, 2003

Be a model or just look like one

Sabe, eu hoje fugi da aula de hidroterapia porque tinha que ficar de maiô. Cara nenhuma garota do mundo merece ficar de maiô na frente de rapazes e moças que passam os dias na academia. Minha mãe então me disse:

- Viu? Nem sempre dá para ser superior e bancar uma de inteligente, o que você vai fazer agora? Ficar lendo um livro na beira da piscina?

Eu tive que concordar.

Acho que não sou a melhor anfitriã do mundo. Não sou a pessoa mais indicada para fazer com que as pessoas se sintam à vontade. Talvez o meu desinteresse para com elas acabe criando esse clima de “não-vou-me-dar-ao-trabalho-de-falar-porque-ela-não-vai-ouvir” e isso acaba afetando até as pessoas com quem eu gostaria de estar por perto. Que são poucas mas existem em algum lugar remoto do mundo.

Acontece que eu sempre fui uma loser no jogo do diálogo. Acho que eu nunca fui jovem no verdadeiro significado da palavra jovem. Minha cabeça sempre sentiu muito mais do que o meu coração e eu não vejo sentido em algumas coisas. Eu não vejo sentido na maioria delas e não consigo seguir com a maré. Seguir com a maré é ruim, mas às vezes pode ser bom também.

Às vezes é a total descrença que aprisiona por todos os lados. Outras é falta de jeito. E é claro que acontece a falta de interesse também. Mas acho que o problema é comigo mesmo. Eu não sou legal e com o passar do tempo tenho desistido de tentar ser, agora só me esforço quando a pessoa merece, do contrário nem me mexo. Eu só gostaria de me enxergar com os olhos que os outros me vêem pelo menos uma vez. Acho que o problema é que passo um ano inteiro imersa em mim e então me surge a idéia de olhar para trás e ver o que tem lá e acho que posso dizer que não tenho colecionado bons julgamentos.

Eu gostaria de ser castigada e não sair impune sempre. Ele diz que o problema é que eu sou uma pessoa de guerra, que gosta de confrontos e de lidar com a raiva alheia. Talvez seja isso. Talvez não. Talvez eu apenas seja uma megera recalcada. Mas e daí? Sou umbiguista e superficial demais para me dar conta disso. Mas as vezes, eu disse só as vezes, eu gosto disso. Óóh. She still have a heart. Vamos chorar e dançar nús em volta da fogueira.

Acho que ouvir Criminal vai ajudar muito agora.

Heaven help me
For the way I am
Save me from
These evil deeds
Before I get them done
I know tomorrow brings
The consequence at hand
But I keep livin' this day like
The next will never come


Oh help me but
Don't tell me to deny it
I've got to cleanse myself
Of all these lies till
I'm good enough for him
I've got a lot to lose
And I'm bettin' high
So I'm beggin' you
Before it ends
Just tell me where to begin

What I need
Is a good defense
'Cause I'm feelin'
Like a criminal
And I need
To be redeemed
To the one
I've sinned against
Because he's all
I ever knew of love

Meus pais finalmente voltaram de viagem para fazer algo útil. Não era para menos, afinal acho que finalmente acreditaram nas minhas ameaças de “se ninguém consertar aquele chuveiro eu vou sumir de casa, sumir!”. Claro que se dependesse do meu pai ele teria dito “Sim, sim deixe que ela suma”, mas como eu ameacei antes de sumir atear fogo na casa ele deve ter ficado preocupado com as coisas de valor que ele mantém sem usar e sem deixar que ninguém use. Ou talvez minha mãe tenha intervindo ao meu favor. Ela às vezes faz isso. Quer dizer, ela interveio umas duas ou três vezes durante 21 anos. Isso é o normal né?

domingo, outubro 19, 2003

I can’t Stop Growing Old

Não vejo mais graça. Não consigo mais encontrar um objetivo, uma motivação, e faz tempo que a Sra. Vontade não dá as caras por aqui. Eu envelheci e nem notei. Essas coisas costumam vir sem avisar, pegando de supetão mesmo. É estar numa fila e perceber que você é uma das pessoas mais velhas, velha de espírito, e que a velhice foi causada pelo potencial clichê da vida. Você é blasé porque já passou por aquela situação tantas vezes em anos que não consegue mais se sentir tocada por nada.

Aquilo já aconteceu, aquilo já passou, aquilo já fez sentido e teve sua graça. As mesmas músicas não arrepiam mais, as pessoas não excitam e as luzes dão dor de cabeça. O pior é carregar a certeza de que você estaria bem melhor no boteco sujo da esquina da sua casa, tomando umas e voltando esquentada por um abraço para casa. Aquilo morreu e de certa forma deixa uma tristeza. Tudo era muito mais bonito quando o mundo era uma grande possibilidade infinita.

E eu estou tão cansada de me lamentar por morar numa cidade onde não tem shows, pessoas interessantes e festas agradáveis.

Maybe we're victims of fate
Remember when we'd celebrate
We'd drink and get high until late
And now we're all alone

quinta-feira, outubro 16, 2003

Rapaz eu sou simplesmente uma sucker por essa banda.
Se eu tivesse que escolher uma banda para pertencer acho que o X estaria no topo da lista.
Ia adorar tomar o lugar do Billy Zoom, principalmente se eu soubesse tocar como ele toca.
E adoraria cantar juntinho com o John Doe e o melhor, ia adorar voltar para casa com ele à noite. Ele e a sua cara de psicopata americano caipira. Hi Homeboy.

Como eu amo isso

My friend said, "I met a boy and I'm in love"
I said, "Oh really... What's this one's name?"
She said, "His first name is Homeboy"
I said "Could his last name be Trouble?"


Eu mataria pelo vestido da Exene.



quarta-feira, outubro 15, 2003

Da série: Um dia muito fudido.




Então agora eu passo os meus dias ouvindo o Willie cantar, fumando cigarros baratos, pensando muito pouco e fazendo rimas ruins. Agora eu troquei o álcool pelas máquinas que fazem chocolate quente expresso e passo os dias gastando muitos reais tomando um copo atrás do outro enquanto o meu fígado implora pela volta do álcool.
Minha vida não poderia estar mais açucarada.

Tratei da minha primeira paciente neurológica essa semana e quase me caguei de medo. Fiz a entrevista, os testes, tudo. Morri de medo de mexer nela porque eu sabia que qualquer coisa que eu estivesse fazendo era muita responsabilidade. Principalmente quando ela olhou para mim e perguntou, porque é muito humilde para entender de verdade o significado de AVC: “Eu vou andar de novo?”. Eu fiquei com muita vontade de dizer que sim, mas dessas coisas a gente não sabe. Eu tenho que levar a coisa mais a sério eu sei. Mas o que eu posso fazer? Não sou eu ali. Só um rascunho mal feito que esta tentando se encaixar e ser uma boa menina. Eu estou me esforçando não vê?

A melhor parte é saber que vou chegar em casa e ter abraço e beijo e um ombro pra encostar. Isso não costumava ser essencial antes, agora é a coisa mais importante. E para uma pessoa como eu, que sempre se virou completamente sozinha sem a ajuda de ninguém, isso é o maior passo de todos. Estou orgulhosa. Clap.Clap.Clap.

Because I do


i am a black and white ghost in a black and invisible dress oh what a mess i'm in what kind of fool am i i am the married kind the kind that said i do forever searching for someone new at night i get drunk and fly around in the day i dream and lay around i drink and smoke your brand and drink i am drunk over you i am the married kind the kind that said i do forever searching for someone new i am the ghost of all my dreams to me it's all pretend i pretend i'm alive or just not dead i will die for you i am the married kind the kind that said i do forever searching for someone new my nights are numbered they don't count for nothing i'm not a fool, i'm just a bride and i'm just no good inside i am the married kind the kind that said i do forever searching for someone new

terça-feira, outubro 14, 2003

Uma vez, essa pessoa fez um post ótimo que eu adorei e li do inicio ao fim pensando : eu sei! eu sei!
Agora eu preciso postar ele. Porque eu sei! eu sei! Eu conheço um tantão de gente assim.

Se tem uma coisa que me irrita ler são esses blogs excessivamente gays. De machos-fêmeas e de fêmeas-machos, tanto faz.

Não é preconceito. Foda-se numa boa a opção sexual de cada corpo. O que me irrita é a overdose: mil gifs animadas do tipo "sou bicha e daí?", banners de cliques tipo o fuck homophobia espalhados por TODA a página, e posts OU só falando de sexo OU com aqueles discursinhos panfletários pró-liberdade de escolha. Parece que a pessoa se resume à sua genitália. Que a opção sexual é a coisa mais importante da sua vida.

Foder com homens sendo homem ou foder com mulheres sendo mulher não devia influenciar em NADA a sua vida, as suas opiniões e a sua personalidade. Se meia dúzia de idiotas que não acham nada melhor pra fazer com o cérebro ainda dão alguma importância para com que tipo de gente você goza, O QUE VOCÊ TEM A VER COM ISSO? Não é questão de reprovar ou aprovar. É questão de não dar a mínima, porque preferência sexual é SIM um assunto menor e ninguém tem nada a ver com a minha, a sua, a dele(a).
Porra. Fica parecendo que esse pessoal virou gay/lésbica porque acha STÁILE. Comportamento típico dessas novas crianças de internet, que vêm aliás me assustando muito: "eu sou especial porque eu sou gay", ou "eu sou chique e undergroud pra caralho porque eu me corto com a gilete que mamã depila as pernas". TSC.

As pessoas deviam aprender a tratar de sexo na CAMA - quem sabe se elas falassem mais disso com quem elas trepam e MENOS com seus amiguinhos (com seus "conselhos" torpes e valores pré-fabricados pela novela das oito, revista Capricho, MTV e similares) os analistas e psicólogos ganhariam MENOS dinheiro às nossas custas? Nada melhor do que rir com os amigos falando putaria. Mas vestir a camisa do homossexualismo com dedicação xiita 24 horas e meia por dia é bobo, é chato e é perigoso. Quem não gosta de gay não vai passar a gostar por causa disso, muito pelo contrário. E você passa a figurar, no scrapbook da humanidade, na mesma galeria mal freqüentada dos Eco chatos, dos vegetarianos radicais, do pessoal da geração saúde, dos comunistas obcecados, dos militantes contra o aborto, dos membros da TFP e dos torcedores do Flamengo.

Fanatismo sucks. Qualquer tipo.
Fique ligado.

Eu não tenho tido muito que falar. Não para vocês. Já os meus diários com chavinha e cadeado estão cheios, transbordando, cheios de novidade para contar. E esse ninguém tem acesso.
Eu não tenho fotolog mais pensei em me comunicar por meio de fotos.

Essa por exemplo é uma foto legal do fim de semana, mais uma para a coluna Gossip Generator.Já aqui vemos a minha foto preferida do fim de semana. Eu adorei. Oh e aqui é a minha mas nova Obsessão. Desculpem sweet nuthin’s. Aqui tudo o que tem me alimentado nessas ultimas semanas. E finalmente eu.

Peguei pedaços do seu passado e encaixei no meu presente.
Fiquei surpresa ao perceber que eram exatamente as peças que faltavam.

Estão vendo dentes na minha cara?
É isso. Eu sou uma garota feliz. Eu era muito popular quando estava infeliz. Agora virei um extra no filme da minha vida. Acho todo mundo só gostam de ver as mazelas. Eu não ligo. Eu prefiro os meus dentes na cara e o rock no rádio. Eu prefiro a cara de babaca ao ouvir “close to you”.

Hoje uma amiga me ligou chorando. Ficou enrolando e então finalmente tomou coragem para dizer que o namorado tinha terminado com ela. Ela gostava bastante dele e isso é triste. Mas são as pequenas coisas que matam, eu sempre disse isso, eu e o Gavin Rossdale. São as pequenas coisas que matam.
O engraçado é que não fazia dias que eu tinha dito que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. Eu não sei o que é mais eu sempre sei julgar relacionamentos. É uma maldição. Eu sei julgar os meus relacionamentos também, mais raramente presto atenção no que analiso e sigo ignorando completamente as minhas próprias sinalizações.
Dor de levar pé na bunda sangra e dói muito. Falei para ela: vem aqui para casa e vamos tomar um porre. Amigo é para essas coisas. E também para deixar recados feios na secretária eletrônica dele.

sexta-feira, outubro 10, 2003

Você acorda depois de uma briga ouvindo sussurros no ouvido?
Duvido-dê-ó-dó.

Meu bem já não precisa falar comigo dengosa assim
Brigas, para depois ganhar mil carinhos de mim
Se eu aumento a voz, você faz beicinho e chora baixinho
E diz que a emoção dói seu coração
Já não acredito se você chora dizendo me amar
Eu sei que na verdade carinhos você quer ganhar
Um dia gatinha manhosa eu prendo você no meu coração
Quero ver você fazer manha então, presa no meu coração
Quero ver você...


Beicinho é a minha especialidade.
É brega. Mas você queria para você não queria?

quarta-feira, outubro 08, 2003

A maioria das pessoas raramente se dá conta do poder que possuem em foder com as próprias vidas. E elas raramente se darão conta disso com o passar dos anos. A maioria das pessoas não se dá conta das milhões de oportunidades que passam por elas todos os dias. Ninguém nunca é culpado no jogo dos próprios erros, todos são vitimas do acaso, do destino, do desequilíbrio químico ou da filha da puta da má sorte.

Sentada em um hospital você escuta as mais variadas histórias e lida com muitas vidas opostas. Eu vejo de tudo. Do aleijado ao hipocondríaco, da velhice ao recém nascido. Eu vejo pessoas, eu escuto pessoas e eu consumo pessoas doentes todos os dias. Dos que tem problemas reais e incontestáveis aos que criam as enfermidades para ganhar atenção, tratamento especial ou ter uma desculpa para ser falho em alguma coisa. Ou as três coisas ao mesmo tempo.

Como tem gente carente de atenção no mundo.

As pessoas geralmente não têm forças necessárias para tocar as próprias vidas, não têm forças necessárias para serem quem devem ser ou aceitar quem são, e seguem suas vidas utilizando os mais invariáveis disfarces para não precisar tentar, ou para diminuir o sentimento de culpa sobre si mesmos se vierem a abortar. Da heroína a Jesus, qualquer pretexto serve.

No fundo todos que fazem isso sabem que fazem. E se sentem mal por fazerem e geralmente geram um ciclo sem fim. E não venham me falar de tratar do inconsciente. Eu não acredito em psicologia ou psiquiatria. Durante a minha infância, psicóloga ou psiquiatra eram as minhas únicas ambições na vida. Eu me fascinava com as pessoas e com o comportamento delas. No entanto, conforme eu crescia passei a me envolver com a idéia de que a maioria das pessoas não mereciam nem um terço da minha atenção, e que o meu tempo era muito valioso para ouvir gente mal resolvida que não sabe quem é e que mente para si mesmo. Gente que precisando fazer alguma coisa com o tempo vago acaba inventando demônios por diversão. Não obrigada, eu tenho o meu próprio inferno para criar e enquanto eu puder mantê-lo fechado dentro do porão e alimenta-los bem de longe eu estou satisfeita. Pelo menos, por enquanto, quem está no comando sou eu e quando escapa algum demônio, eu capturo de volta. Sozinha.

Sinto muito se eu incomodo porque eu sempre soube o que eu quis e se continuo tentando por todos os caminhos chegar lá. Eu quero alguma coisa e eu vou ter alguma coisa. Se eu não quisesse nada já teria tentado o suicídio. E não ia ficar em tentativas patéticas de chamar atenção para depois poder contar num diário virtual que tentei me matar diversas vezes antes. Eu conseguiria, eu sei que conseguiria porque se eu escolher um caminho, se eu realmente escolher um caminho, eu vou seguir nele não me importa o que me custe. A alma o corpo ou o sangue.

Se algumas vezes eu fodi com a minha vida completamente foi porque eu quis, porque eu escolhi. Não foram as drogas que me foderam, ou o coração partido ou a minha infância difícil, nem o meu QI astronômico, a minha tendência a destrutibilidade ou a minha burrice, fui eu. Só eu. Minha vontade, minha curiosidade. Eu. Eu. Eu. mea maxima culpa. Não foi o encosto, não foi Jesus, não foi algo que eu não pudesse controlar. Eu não queria controlar na época. Eu não morri porque eu não quis.

Eu acredito em pessoas doentes. Eu conheço pessoas doentes e quando você convive com elas, você sabe diferenciar como a água do vinho as que são das que se fazem. Eles são diferentes. Não é nada como uma riquinha que se entope de prozac para dormir. Ou o filhinho de papai que viu filmes e leu livros cults demais e acha que para ser legal e diferente tem que ser daquele jeito. Não, não é como a cobiça recalcada. Ou a feiúra invejosa. É um ciclo. E no futuro os consultórios vão estar cheios, os mal amados propagados e as pessoas mesquinhas triplicadas, tudo isso porque as pessoas não sabem parar de reclamar e fazer alguma coisa a respeito. Tudo isso porque as pessoas não conseguem parar de mentir para si próprias. Eu tenho muita raiva por dentro e odeio a maioria das pessoas. Eu odeio falsidade em papéis mal interpretados e apesar ser mestre em calúnia não consigo lidar com a falsidade barata em si. Odeio tudo o que não é real, verdadeiro ou espontâneo. Ou pelo menos odeio tudo o que não é bem feito. Odeio a falsidade que fica estampada na cara, que reflete a mentira.


A minha voz, o meu corpo e a minha mente não podem ser parados por temor e covardia. Eu tenho ansiedade em descobrir quem eu sou e em preservar o meu raciocínio. Eu não vou pular da ponte se todo mundo pular.

Estive pertinho do Mick Jagger. Hoje tratei da sogrinha dele, a mamãe da Luciana Gimenez. Fiquei me esfregando na mulher e pensando “estou me esfregando no Mick e no Keith por tabela”. Fiquei tão feliz.

terça-feira, outubro 07, 2003

Pouco a escrever e pouco tempo vago. Estou numa fase muito inspirada de equilibrar pratos e bater na testa ao mesmo tempo. Muitas novas canções, e textos e livros.





Preciso baixar o America's Sweetheart ou vou morrer...

Wandy Warhol disse que no futuro todos teriam seus quinze minutos de fama. Pois eu conheço um montão de gente que teve as suas horas de fama num sábado em comum.

A garota uma vez falou que era sorte o que ela tinha na vida.
E eu que era muito neurótica da vida acreditando em sorte desde sempre me perguntava porque não eu? Eu queria ter sorte também e confesso que vez ou outra exigi ter, como se assim os céus fossem se intimidar com a minha ira e me dar então tudo de mão beijada.

E eu não conhecia o jogo do velho safado do destino que ele nunca dá tira sem te dar em dobro. É foda. Quando você começa a esmorecer ele aparece e leva tudo e então te da tudo novo.

ELVIS COSTELLO
Why he might be annoying

His lyrics are pessimistic.
He experimented with drugs.
He looks too geeky to be a rock star. (pois eu o acho lindo)
He is a vegetarian.

Why he might not be annoying

He is well respected in the music industry, both by fellow musicians and critics.
He participated in one of the most memorable moments in Saturday Night Live history when he stopped mid-song and began playing another.
He constantly reinvents himself.

quinta-feira, outubro 02, 2003

Sono sono filho da puta do sono. Sono maldito sono proscrito.
Eu não posso ter sono essa noite.
Este é um post desesperado. Eu não posso dormir essa noite. Eu preciso me manter acordada.
Acorda acorda.
Tapa na cara balde gelado, survector para agüentar a madrugada. Os vikings nórdicos são maus por natureza e este vai me arrancar do sono e me meter numa gelada.

E depois me perguntam porque eu sou tão grossa, antipática e estúpida com as pessoas, eu tenho motivo, coisas dessa estirpe me deixam assim:

"O cantor Alexandre Pires chorou ao se encontrar com o presidente norte-americano, George W. Bush, nesta quinta-feira, durante a cerimônia da Descendência Hispânica na Casa Branca, em Washington"



Então tá bom né?

quarta-feira, outubro 01, 2003

Me diz, o que fazer quando o seu cabelo parece uma garça sobrevivente de um derramamento de óleo?

Gossip Generator


Cansaço grande. Só consigo falar em tópicos e eu queria escrever mas não dá.

***
Cheguei em casa e estou fedendo a hospital dos pés a cabeça. Juro que estou com dor muscular por todo o corpo culpa da caminhada de ontem. É em situações como essa que você descobre o quão fora de forma você esta.

***
Depois de um banho quente eu só quero a minha cama. Quero pôr as minhas almejadas horas de sono atrasado em dia. Mas não dá. Isso não existe para proletariados como eu. Há muito que fazer e a noite mal começou. Oh Jesus.

***
Vocês lavam os pés antes de ir ao médico? Façam um favor a si mesmos, tomem um banho completo, raspem as pernas e passem perfuminho. Sou conhecida como a maluca do bom ar no hospital.

***

Já tentaram dar choques em surdos mudos com alguma tendência esquizofrênica homicida? É, não tentem.

***

I want my baby where is my baby?