quarta-feira, julho 07, 2004

Endereço novo na net. Fotolog novo.

Fotolog: With a face like this I won’t break any hearts

Blog: and thinking like that I won’t make any friends


Screw that, forget about that I don’t wanna hear about anything like that screw that, forget about that I don’t wanna know about anything like.

segunda-feira, junho 28, 2004

Esse blog está morto eu acho. R.I.P. Rest in peace. Me in pieces.

domingo, junho 27, 2004

Então vamos fingir que eu sei que pixar é na verdade com ch ao invés de x... mas convenhamos pichar com ch é muito feio. Muito muito muito feio. Pretendo continuar escrevendo com x, e tenho dito.

quarta-feira, junho 23, 2004

Desculpem a blasfêmia, mas preciso ir até o centro da cidade pixar as seguintes frases:

JESUS AMA AS MULHERES.
JESUS É O SONHO DE QUALQUER MULHER.
DEUS É DEZ, JESUS É FODA.

É piada interna, não adianta tentar entender.

terça-feira, junho 22, 2004

Acho que estou ficando velha mesmo. Míseras 24 horas sem dormir e cá estou eu caindo pelas tabelas.

Reasons to be beautiful


Acho que sempre tive esse instinto de “nadar para cima”. Mesmo quando afundando no esgoto com botas de cimento nos pés eu tinha essa coisa de me safar, de me virar, mesmo sem a ajuda de ninguém. É instinto de gato, de cair, cair do alto, mas cair de pé. De fênix, de queimar, de virar pó e voltar novinha em folha. No meu caso a dor funcionou quase como um casulo. E depois que eu cai uma vez tive mais 6 vidas para gastar. Agora tô colhendo os frutos. Quero uma figa e um dente de alho para espantar o azar. Rá. Nunca achei que fosse dizer isso.

domingo, junho 20, 2004

O blog tá feio de novo, não adianta, eu e esses layouts brigamos como loucos. Outro dia eu arrumo, não quero saber de HTML agora.

Send in the clowns.


Eu tinha achado o outro show surreal? Rá. Que tolinha.
Sábado, antes de conseguir abrir os olhos, o telefone tocou e o convite surgiu para taparmos buraco de uma outra banda que furou lá no Espaço Cultural da Constituição, no centro da cidade. Nossa, o Espaço da Constituição! Pensei comigo, claro, óbvio, eu quero, sim, por favor. O último show que eu tinha ido ali tinha sido ótimo sonoramente, muito bom, foda, palcão, backstage. UAU.

E lá fomos nós, a banda pobre, chegando de ônibus, os instrumentos nas costas, a mochila de canguru, a bateria no saco de lixo.

E não fizemos passagem de som nem nada. Não precisamos, ganhamos o show de presente, se pudéssemos tocar por cinco minutos sairíamos feliz. O espírito Ramones sempre nos guia por shows nublados.

Mas preciso confessar que comecei a ficar preocupada quando os amplificadores e microfones da casa começaram a, de repente e literalmente, explodir. Sem danos irreversíveis. Enquanto no mundo existir um amplificador para duas guitarras, um amplificador para baixo, um microfone e uma bateria, a gente se vira. Minimalismo. Grandioso. A gente se molda. Nos adaptamos. Não com a perfeição ou do jeito que gostaríamos de soar, mas vamos até o fim, com certeza. Confesso que lá pelo meio do show eu queimava tão forte por conta da raiva que eu sentia por me ouvir daquele jeito péssimo que minha cara de vaca do inferno estava intensificada e ampliada. A platéia deve ter sentido medo ou coisa assim.

Mas a soma foi boa em geral. É só nos convidar. Fazemos a festa e ainda distribuímos foras engraçadinhos a pessoas imbecis na platéia. Amo os palhaços. Amo mesmo. Send in the clowns. Don't bother they're here...

quinta-feira, junho 17, 2004

Como alguém pode ser tão demente, porra-louca, inconseqüente e ainda amar?


Ontem fui ao cinema assistir “Cazuza – O tempo não pára”, estava tentando assistir desde que estreou, mas só consegui ontem na penúltima sessão. Fico feliz que o filme esteja sendo tão visto. Aquele garoto está realmente sensacional, principalmente doente, tomara que no futuro não se transforme numa coisa plastificada global. Tomara.

Mas o filme, hum, o filme. Sai do cinema com vontade de ter um bis. Um Cazuza II. Quero mais, muito mais. Uma série semanal com toda a vida dele, vida que foi curta, mas muito enorme para ser contada em alguns poucos minutos.

Achei engraçado porque eu não sou nada chorona, muito pelo contrario. Acho que o último filme que chorei foi com o Picolino, mas convenhamos, ver a Ginger Rogers e o Fred Astaire e não chorar é ser muito insensível. Até quando assisti àquele filme do Mel Gibson “Paixão de Cristo”, em plena sexta-feira da paixão, não me deu vontade de chorar nem por um minuto. Achei bonito e yadda yadda, mas enquanto as pessoas nas outras fileiras se desmantelavam, eu olhava para os lados e me sentia mal por não sentir nada.

Ontem não, tocava uma música do Cazuza e lá se iam todos os pelinhos do meu braço se arrepiar e minhas orelhas a trepidar.

Sou apaixonada pela história-música-trajetoria-poesia tudo do Cazuza. Sei de cor todas as poesias não musicadas disponíveis no site, e de coração as musicadas. Adoro tanto, tanto que consigo até mesmo suportar aquelas canções péssimas com os PIORES arranjos já compostos ever! Anos 80 né cara? Dá um alivio. Eu só o escuto, absorvo e bloqueio o resto.

O Cazuza é o maior culpado por nunca tentar nem querer escrever em português. Pois, se alguém como ele já escreveu coisas como as dele, como diabos eu poderia então fazer coisas tão feias, clichês e bregas? Não rola, não dá.

Umas das (inúmeras) minhas letras favoritas e invejadas:

Tudo azul
Completamente blue
Vou sorrindo, vou vivendo
Logo mais, vou no cinema
No escuro, eu choro
E adoro a cena

Sou feliz em Ipanema
Encho a cara no Leblon
Tento ver na tua cara linda
O lado bom

Como é triste a tua beleza
Que é beleza em mim também
Vem do teu sol que é noturno
Não machuca e nem faz bem

Você chega e sai e some
E eu te amo assim tão só
Tão somente o teu segredo
E mais uns cem, mais uns cem

Tudo azul, tudo azul
Completamente blue
Tudo azul

Como é estranha a natureza
Morta dos que não têm dor
Como é estéril a natureza
De quem vive sem amor, sem amor

Mas tudo azul, tudo azul, tudo azul
Completamente blue
Tudo azul

segunda-feira, junho 14, 2004

Tá, agora já enfiei a cabeça de baixo da água fria da pia e fumei todos os meus cigarros, ainda não melhorou, sério.

Cinza, frio e absolutamente sem graça.

Amanhã tenho a última prova de neurologia na faculdade. Neurologia, puta merda, onde eu estava com a cabeça quando entrei nessa faculdade? Não sei mesmo. Não sei onde está a minha cabeça ainda agora. Me formo no fim do ano que vem, isso se eu resistir até lá, e está tão difícil. Tão complicado. Não tenho mais saco nenhum, tô morrendo, sério, sem drama queen nem nada.

Hoje de tarde me peguei fazendo planos bem Holden Caulfieldianos, quero uma cabana no meio de uma floresta, trabalhar em posto de gasolina e fingir ser surda-muda pra ninguém mais de fora do meu mundo falar comigo.

Taquicardia, músculos em colapsos, tontura e cabeça vazia, olha, eu nem parei com as babás da alegria.

Dá licença que eu vou ali gritar e sofrer um colapso nervoso e já volto.

domingo, junho 13, 2004

Motoristas assassinos, táxis perdidos e show do “Sexy Nut”.

Surreal? Não, surreal não seria o suficiente para descrever todo o feriado que passou. Primeiro que pela segunda vez num feriado o ônibus que me encontro resolve voar pela tangente e ir parar no canteiro aparando as árvores. Incrível, tenho a sensação que eu ainda vou morrer ou aprender a voar dentro de um 634, sério.

Depois teve o taxista louco que eu, João e Tatiana tivemos que caçar para buscar os instrumentos e carregar todos nas costas porque os roadies nos abandonaram. Vida de banda pobre é foda. Chegar atrasada porque ninguém tinha a menor noção de como chegar no Eng. de Dentro e testar milhões de caminhos até achar o maldito “buraco do padre”. Chegar no recinto e perceber que todo mundo levava consigo suas cases bonitas e forradas e de couro. A nossa case? Um saco de lixo preto. Onde o pedal da bateria estava guardado? Dentro da minha mochila verde e desbotada.

O Cactus Cream abriu a noite, e foi à banda mais foda da noite de longe também. Tenho vontade de ir a todos os shows deles só para saber qual a próxima peripécia que Paulinho irá aprontar. Eu adoro as canções, adoro tudo. Pago pau mesmo. Adoro mesmo que eles fodam com as minhas aurículas auditivas.

Depois de duas doses de whiskey e alguns pouquíssimos cigarros eu estava pronta, a banda estava pronta, o público estava pronto. Pronto pra quê? Ninguém tinha a menor idéia. Plugamos os instrumentos da maneira mais Ramones possível, tocamos olhando para os nossos sapatos porque é assim que sabemos tocar.

O público foi mais foda que dia dos pais em escola primária. Amei, abracei todo mundo. Não somos mais virgens e nem doeu! Foi ótimo pelo contrario. Quero outro e outro e outro.
Não tínhamos retorno, não ouvíamos a bateria e nem sabia como estávamos tocando, em que afinação nem nada, mas fizemos o melhor que pudemos.

E quanto ao meu dia dos namorados? Perfeição diz alguma coisa a você? Pois a mim sim. Mas nada plastificado e comercial. Nada de enfrentar lugares cheios e ganhar ursinhos de pelúcia ou discos e livros que não significam nada. Nada de ficar com gente que não gosta de verdade e se entrega de verdade só para dizer que tem alguém. Nada disso, bem longe disso. A coisa aqui é muito maior do que se pode imaginar. É perfeição. Rá. É a perfeição.

quarta-feira, junho 09, 2004

Eu tinha jurado que não ia fazer um post bobão e infantil, mas não consigo. Acabo de assistir “Peter Pan, de volta a terra do nunca”. Caramba, eu fico até com vergonha de dizer o quanto eu gosto de Peter Pan e qualquer história que ele apareça.

Não sou uma pessoa exatamente saudosista. Não tenho saudade da aurora de minha vida ou coisa do tipo. Não fico pensando na infância e sonhando em como eu era feliz ali e como crescer foi duro. Não tenho memórias maravilhosas com os meus avós, meus tios e meus primos num jardim ensolarado chupando manga. Não fico sonhando em ser inocente de novo porque tenho a sensação de que nunca fui um dia algo que não sou agora.

Eu reviro bolsos, memória do telefone, vasculho carteiras e dou escândalo.
Eu entro no bar, belisco, dou chutes, choro e quebro garrafas pra ameaçar.
Reviro roupas, faço pirraça, arranho os discos e rasgo páginas de livros.
Ele me olha calmo e me pede pra explicar e para parar antes de me machucar.
Quanto mais tempo passa mais sufocante eu me transformo, mais tentáculos eu lanço. E lanço e laço.
Meu ciúme não é nada generoso. Nadinha. Nadinha.

I love rock and roll


Os dias tem andado tão corridos que eu mal consigo parar para respirar. Esse feriado promete e logo amanhã cedo vou me meter num estúdio para pela terceira vez em um ano ouvir como banda vem soando. Eu espero que bem.

Depois tem o bar da mãe da Gabriela, que nos acolhe tão bem. Finalmente os bêbados locais vão conhecer a banda que os embala todos os dias durante a bebedeira. Nunca fui tão pop.

Para os amigos que ainda não compraram o ingresso ainda dá tempo, têm e-mail no site da banda, icq e tudo mais(aqui, lembra?). Vai ser uma puta noite.

Eu deveria estar ansiosa, mas nem tô. Logo eu, a rainha ansiedade incrível. Mas não. O sangue tá fervendo nas veias e a vontade também, mas tá normal.

Tem uma cover bem legalzinha e popzinha pra vocês. Quem viver, verá.

segunda-feira, junho 07, 2004

Hoje saio da personalidade jovem-camponesa-de-nobre-coração-que-
vai-todos-os-dias-ao-bosque-colher-lenha e me transformo na perfeita bitch-from-hell.

Da série: sou uma pessoa idiota que pensa coisas estúpidas quando deixo a mente vagar


Se existe o Ying e o Yang, o bem e o mal, Brian May e Keith Richards, deve muito provavelmente existir um paraíso astral para duelar com o inferno.


quarta-feira, junho 02, 2004

O João está nesse exato minuto falando com um amigo de escola vendendo ingressos para o show da nossa banda dia 12.06. Eu também venderia ingressos para amigos da escola se eles não ligassem para a minha casa e ficassem batendo punheta para eu ouvir.

Também tem Sweet Nuthin e sua demo demoníaca do inferno AQUI.

Passei o dia de ontem e uma parte do dia de hoje limpando guitarras, comprando peças, encordamentos novos e consertando pequenas imperfeições. Tirei a poeira, dei aquela lustrada e lutei contra manchas de oxidação nos parafusos de uma guitarra que nem é a minha, é do meu roadie, apelidada por mim desde o nascimento de "purple and perfect".

Cliquei na minha pasta de MP3, que comporta mais de 4 mil músicas - e isso porque tive que deletar muitas e muitas ou meu computador explodiria - e mandei que tocassem todas elas, no shuffle.

Passei o dia fazendo o que eu mais gosto de fazer no mundo, sentada no chão de pijama, um cigarro queimando no cinzeiro, ouvindo e tocando e tendo o babe por perto, por muito perto digitando. Coisas pequenas assim me fazem muito feliz ultimamente.

Não sou uma guitarrista virtuosa ou uma critica de música que saca muito. Longe disso. Sou muito desligada para ser qualquer uma das duas coisas, mas enquanto morar num país livre e com vizinhos tolerantes espero passar muitas tardes e noites e madrugadas no chão do meu quarto plugada no meu sonzinho Sony - é, o meu amplificador está longe de casa, lá na garagem, e o jeito é tocar com a guitarra plugada no som.

Fui uma criança completamente hiperativa e disléxica. Roubar a minha atenção por cinco minutos era praticamente impossível e esperar que eu ouvisse o que me dissessem era então muito improvável. Tocar, fazer música, me deixou muito mais concentrada, ligada, dedicada, aplicada. A música me salvou de um desastre ambulante. Minhas letras, por mais bobas e ruins e idiotas que fossem, eram páginas arrancadas do meu diário pessoal, era catarse, e eu me sentia bem depois que eu as paria, depois que elas engatinhavam e dançavam para mim.

Eu gosto mesmo muito de música e principalmente de tocar. Sem música minha vida seria quase que completamente vazia, porque tudo o que eu faço esta relacionada a ela, tudo que eu gosto está intimamente conectado com ela. Tudo essa safada que eu só fui descobrir mesmo na pré-adolescencia. Essa safada que mexia com a minha cabeça, me dizia como me vestir e até como me portar.

Quando eu apagava as luzes era sempre ela quem ficava comigo a sussurrar.Foi ela quem me salvou da loucura, do tédio. Sem exagero.

E como dizia Jim Morison: When the music is over turn out the lights.

segunda-feira, maio 31, 2004

I want to ride my bicycle.


Então eu tenho essa nova bicicleta ergométrica Caloimagnetic® no meu quarto para que possa fazer o máximo de exercício que eu puder. Todos que me conhecem sabem o quanto eu odeio exercícios. Exercícios para mim consistem apenas em caminhar para os pontos de ônibus para lá e para cá, isso enquanto sou pobre e a grana para comprar um carro é completamente inexistente.

Na escola sempre fui a pior-aluna-mais-rebelde-que-dá-vontade-de-matar durante as aulas de Ed. Física. Para falar a verdade eu meio que me tornei uma lenda a ser seguida, “a garota que passou da quinta ao terceiro ano sem jamais encarar uma quadra de esportes”. Foram meus cinco minutos de fama. Também eu não precisava, com 14 anos eu era a pessoa mais magra que você já viu, tudo a base da dieta da água e cream cracker por dias. Mas nada de anorexia, eu era modelinho e adorava ser magra.

Os tempos de modelinho acabaram e a minha meia-idade precoce chegou muito rápido. Essa vida de ficar no barzinho com os amigos tomando choppinho com batatas fritas é meio deprimente, mas é a única coisa que me tira de casa para curtir a noite ultimamente. Meu tempo de droguinhas, festinhas e because of the night ficaram meio apagados graças às noites entediantes do Rio de Janeiro.

Ai os quilos começaram a chegar...

Ah os quilos a mais tão odiados. Peso 52 kg para uma altura de 1,76m. Sou magra mais gostava de ser mais. Nada de uma grande bunda branca para mim, não gosto de bundas. Então arrumei a tal bicicleta ergométrica para ver se fazia exercício. Eu odeio. Mordo os lábios até tirar sangue, rôo unhas, tento ler, ouço música berrando, assisto tv, tudo para tentar me distrair enquanto pedalo e pedalo para chegar a lugar nenhum. Que tortura. Que castigo. E continuo suando nesse outono geladinho. Saco. Saco. Saco.

O que me faz odiar mais as pessoas das academias. Andar pelo parque, correr na pracinha, pedalar pelas ruas mais calmas eu entendo, fazer algum tipo de luta, dança, até acharia legal se eu não fosse uma chata, mas porque juntar um monte de gente para levantar peso e compartilhar suor? Correr olhando as outras pessoas fazendo as caras de tortura que eu faço quando pedalo. Pensando por esse lado até que deve ser divertido. Nunca entrei numa academia, mas até que deve ser engraçado.

Mas eu vou me disciplinar. Não dizem que tudo o que uma garota precisa é de um pouco de disciplina? Bem, quem sabe está na hora de eu finalmente ter um pouco?

sexta-feira, maio 28, 2004

O que eu mais odeio no Bukowski são os fãs de Bukowski. Assim como o que eu mais odeio nos Beatles são os fãs dos Beatles, os fãs de Doors também se encaixam nessa explicação. Os fãs de Elvis Presley não, porque todos eles são muito legais e gordos e rebolam engraçadinho. Os fãs de Michael Jackson também não, afinal ser fã de Michael Jackson é ser louco e de louco com raiva eu já conheço o suficiente.

Mas os fãs de Bukowski, oh deus, os fãs do velho Bukowski são os piores. São todos iguais e anais. São todos bêbados contra o sistema convencional. Todos excepcionais. Diferentes e únicos. Anti-sociais e rebeldes. Oh deus não, não tenho saco. Ai meu saco. Todos tão sarcásticos e obscenos adorando o santo padroeiro por que se identificam com o estilo: louco, bêbado, "nem aí" e depravado.

Não, eu não agüento. Ultimamente eu tenho até vergonha de dizer o quanto gosto dele. Guardo num cantinho, só meu meu meu! E se conseguir manter as pessoas longe do meu quarto, o que não é nada difícil, nunca poderão ver toda as parafernálias e pôsteres e livros que eu tenho.

Eu poderia até explicar, para fazer mais sentido, o meu porque particular. Porque então eu gosto de Bukowski se não sou louca, bêbada, ESCRITORA ou contra o sistema - e talvez eu seja tudo isso, mas não é por isso que eu gosto de Bukowski - mas não tenho saco, e na verdade, quem se importa se eu faço sentido ou não? Eu com certeza não.

“Eu era um grande poeta, ele me disse, mas eu bebia. E tinha vivido uma vida desgraçada e marginal. Hoje, os jovens poetas bebiam e viviam vidas miseráveis e marginais porque eles achavam que era assim que se fazia”.

"É horrível, uma idiotice terrível entrando em jovens cabeças. Eles gostam disso. Cristo, dê merda a eles, e eles comem. Não conseguem discernir? Não conseguem ouvir? Não sentem a diluição, o mofo?"

Eu acho muito engraçado quando esses vendedores ambulantes entram no ônibus para vender suas bugigangas. Eles sempre fazem seu discurso habitual e partem para o fundo do ônibus para dar um tempo lá trás. Depois eles voltam perguntando:
-Alguém mais? Alguém mais?
Só para dar a sensação que todo mundo de trás comprou enquanto você não estava olhando. Isso é puro marketing e geralmente funciona. O que me faz acreditar que as pessoas provavelmente têm é vergonha de comprar coisas no ônibus, pois assim que alguém tem a coragem de ser o primeiro, na maioria das vezes, uma segunda pessoa também tem.

Mas o que me deixa realmente irritada são esses vendedores que param na frente, fazem o discurso usual de todos os dias e sem ao menos fingir que venderam muito no fundo do ônibus já lançam no meio da frase:
- Mais alguém? E ai, mais alguém?
Isso me deixa com muita raiva mesmo e me dá vontade de nunca mais comprar nada. Isso me irrita de verdade e eu nem sei bem porque. Não sou do tipo que se irrita com erros de gramática alheia e não tenho nada contra os vendedores ambulantes, muito pelo contrario. Mas esse “mais alguém” descarado me mata. É como ser enganada bem na minha frente, com o meu consentimento. A vontade que me dá é de me levantar no banco e gritar bem alto. Coisa de maluco talvez, mas é verdade.

quarta-feira, maio 26, 2004



Se o Scott Weiland já era bom antes agora ele se superou. Ao menos é o que parece no clipe novo do Velvet Revolver.
A música? Não sei, não consegui prestar atenção.

segunda-feira, maio 24, 2004

O blogger tá em crise não tá?

Todo mundo fez um. Eu vou postando um de cada vez. Se alguém quiser fazer o seu e me mandar eu aceito...
sweetnuthin@terra.com.br



Esse foi Susie Q que fez.

Minha palavra da semana? Empenho. Essa coisa que me falta tanto na vida. Eu raramente encontro algo para me dedicar. É estranho, é estranho porque sei que se eu me empenhasse em algo eu seria a melhor na causa, eu tenho certeza disso, mas são tão poucas coisas que me estimulam, que me motivam, que despertam a minha atenção. O fato de eu ser a maior preguiçosa do mundo também afeta o meu empenho. Óóó céus eu preciso crescer e aparecer, mas o Peter não deixa. Ele não quer.

segunda-feira, maio 17, 2004

Quando você chegar provavelmente estarei dormindo no sofá com a televisão ligada em algum canal qualquer.
Provavelmente vou estar sentindo frio porque me desacostumei a dormir sozinha. Odeio dormir sem você nos meus lençóis. Odeio tudo sem você.
Você vai se sentar do meu lado e me acordar perguntando se eu sei quem é que está falando enquanto eu não consigo abrir os olhos. Eu vou dizer que sim. Que é o babe. Assim mesmo, beibê.

Você vai me ajudar a ir para o quarto e eu vou me enfiar na nossa cama enquanto você troca de roupa, escova os dentes e conta como foi the boy’s night out. Depois você vai se enfiar na cama comigo. Eu vou reclamar do cheiro do vinho barato e você do cheiro do cigarro. Eu vou ter perdido o sono como sempre perco depois de um cochilo, por mais curto que seja, e vou te encher de perguntas e mais perguntas. Você vai responder quase pegando no sono e eu não vou te deixar dormir. E você nem vai ficar mal humorado porque você nunca fica.

Você sempre me salva e me conserta. Você sempre põe os meus pés no chão e faz com que eu perceba que as coisas não são tão ruins como parecem ser. Você é o único que me enfrenta do jeito certo. Você é o único que engole os meus sapos, limpa a minha bagunça e cuida de mim do jeito certo. E por você eu me esforço para ser qualquer coisa, até normal. Até menos paranóica. Até eu mesma. Love is all you need. Love was all I needed

Você vai pegar no sono e eu vou ficar te olhando esperando o dia amanhecer logo para estar com você de novo. Eu vou dormir logo depois. O mundo que se exploda. Somos o centro de todo o universo.

como?